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domingo, 1 de julho de 2007

Joie de vivre


Às vezes sonhamos viver eternamente ... mas porquê será que às vezes uma tarde chuvosa de domingo parece demorar mais que uma eternidade a passar?
Na verdade somos criados para buscar grandes coisas enquanto a nossa “pérola”, como escreveu Steinbeck está bem ao nosso lado e não percebemos. Somos por demais ocupados para perceber o brilho de nossa pequena pérola bem próxima ... então saímos em busca dela, quando na verdade nos distanciamos cada vez mais.
Ao ver pela enésima vez o filme “O fabuloso destino de Amélie Poulain” não consigo deixar de pensar na maneira simples em que vivia a personagem central da história. Amélie se dedicava aos pequenos prazeres do dia-a-dia e eram esses que a faziam feliz. Como é bom caminhar pela manhã em uma bela estrada, olhar o céu à noite e esquecer o mundo, comer algo diferente que sempre quisemos experimentar, ler um bom livro, deixar a chuva de verão nos ensopar. Hoje tudo isso parece piegas, mas mesmo assim não nos prestamos a isso. A nós seres adultos e sérios tudo parece “efêmero” e “pequeno” demais quando na verdade essas pequenas peças formam o quebra-cabeça que tentamos montar em grandes blocos ...
Se pudesse dar um conselho a mim mesmo nessa tarde cinzenta de sábado seria: aproveite as pequenas coisas, pequenos momentos e lhes dê o verdadeiro valor. Estou aconselhando a mim mesmo agora e já estou abrindo a janela para deixar a brisa entrar.
Acho que estou indo no caminho certo ...

Um comentário:

Luis Augusto disse...

Perfeito seu texto sobre a alegria de viver com o efeito dos pequenos prazeres do mundo. Realmente devemos apreciar isso, viver o momento, fazendo valer cada segundo que se passa em nossa vida...
Fabuloso Carlos, parabéns!